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Caminhar por vales perfeitos.. ver o sol esconder-se todos os fins de tarde por detrás de montanhas que protegem a baía.. durante dias não existiu mais nada.. não deveria existir mais nada..
Não ser obrigado a ouvir todo o ruído externo que de tão familiar já nem notamos que está lá.. durante dias não ouvi carros.. nada.
Nada se prolonga para além do suportável.. nem mesmo os cenários idílicos... o regresso era inevitável.. as coisas já não têm o mesmo gosto sôfrego que tinham quando tudo era vivido até ao mais ínfimo momento porque nunca sabiamos se aquela não seria a única oportunidade que iríamos ter.
Agora pensamos sempre que outras virão.. sabemos que a história repete-se...
O gosto das coisas é ciclicamente substituído por outro.
Não poderia ser de outra maneira.
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